REGINA BEZERRA CARVÃO
E precisa de mais alguma coisa ?
Os mistérios me ocupam inteiramente, cada centímetro da minha superfície é mistério.
Por dentro e por fora eles me engolfam e me afogam.
O tempo, o espaço, o humor, o amor e todos seus contrários... tudo é mistério.
E não adianta explicações, porque ao final esbarra-se mais uma vez no intransponível.
Que me adianta planejar, querer, imaginar se a magia sem controle que abre o coração dilacera a possibilidade da compreensão?
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
domingo, 8 de novembro de 2009
DE PORTO NOVO AO RIO
REGINA BEZERRA CARVÃO
mate gelado do rei do mate
caramelos do d´angelo
croquete do bar do alemão
batata frita de petrópolis
comidinhas para alma
que me remetem ao passado
que me remetem a infância
despertam o encantamento
que me assaltava nas minhas pequenas viagens a caminho do mar
mate gelado do rei do mate
caramelos do d´angelo
croquete do bar do alemão
batata frita de petrópolis
comidinhas para alma
que me remetem ao passado
que me remetem a infância
despertam o encantamento
que me assaltava nas minhas pequenas viagens a caminho do mar
DESCANSO DA PALAVRA
REGINA BEZERRA CARVÃO
silêncio
pausa
descanso da palavra
o som do mundo lá longe
o som do respirar pertinho
paz
lucidez
silêncio
pausa
descanso da palavra
silêncio
pausa
descanso da palavra
o som do mundo lá longe
o som do respirar pertinho
paz
lucidez
silêncio
pausa
descanso da palavra
BUENOS AIRES PUERTO DE SANTA MARIA
REGINA BEZERRA CARVÃO
argentina
buenos aires
puerto de santa maria
só as palavras me comovem
argentina
buenos aires
puerto de santa maria
vôo nas asas do eletrotango
argentina
buenos aires
puerto de santa maria
sin tristezas
sin dolor
sin alegría
argentina
buenos aires
puerto de santa maria
só as palavras me comovem
argentina
buenos aires
puerto de santa maria
vôo nas asas do eletrotango
argentina
buenos aires
puerto de santa maria
sin tristezas
sin dolor
sin alegría
A CAMINHO DO MEU RIO...
REGINA BEZERRA CARVÃO
AEROPORTO
vale! tudo vale!
o céu azul
o bife insosso
as pessoas estranhas
os olhares furtivos
as batatas sem sal
o arroz soltinho
o amor escondido
o deserto em frente ...
À BORDO
O que me importa de fato
não é a biografia
muito menos as radiografias
o que me importa de fato é a ficçao
o inventado
o criado
o incerto e o duvidoso
os relatos reais?
no momento são despresíveis
DECOLANDO
tudo fez e de tudo cuida
é preciso distância para vermos o quanto tudo está bem organizado
os prados, os montes, as varzeas, as campinas
a variação dos verdes, os desenhos das estradas, dos caminhos, das picadas, dos lagos, o serpenteado dos rios
à distância, todas as casas são casinholas, somos todos iguais
aqui e ali uma nuvenzinha esgarçada, outra compacta
todas a prometer a maciez do algodão ....
VOANDO
barquinho azul para iemanjá na imensidão azul do mar
pequenino
me parece de brinquedo
mas é um barco de verdade que cabe homens e peixes
assim como o barquinho azul para iemanjá me parece de brinquedo
as questões, dificuldades e problemas vistos na imensidão da distância
também passam a ser questõezinhas, dificuldadezinhas, probleminhas...
A CHEGADA
tem teto?
não, não tem teto
mas sem teto é bom, sem barreiras para descer
céu de brigadeiro não acho bom
brigadeiro não é marron?
dizem que não ...
ATERRANDO
o sol batendo no meu rosto
pairo acima das nuvens num delicado balanço
abaixo uma neblina forte
tudo fechado, tempo nublado
mas aqui acima das nuvens estou envolta num tule branco
e agora o branco se dissolve e eu vejo o rio de janeiro
sempre bonito faça chuva ou faça sol
EM CASA
a enseada é jóia rara, forma um anel
no círculo redondinho do anel uma pedra fumê é o pão de açucar
cristais citrinos são o morro da urca iluminado...
o círculo redondinho polvilhado de água marinha azulzinha é o mar da enseada
com é belo este rio da luz, rio das flores, rio dos meus amores
rio dos encontros e desencontros
rio tão cantato, exaltado, mal falado, maltratado
rio soberano, antena do brasil
tambor que ressoa nos 4 cantos
AEROPORTO
vale! tudo vale!
o céu azul
o bife insosso
as pessoas estranhas
os olhares furtivos
as batatas sem sal
o arroz soltinho
o amor escondido
o deserto em frente ...
À BORDO
O que me importa de fato
não é a biografia
muito menos as radiografias
o que me importa de fato é a ficçao
o inventado
o criado
o incerto e o duvidoso
os relatos reais?
no momento são despresíveis
DECOLANDO
tudo fez e de tudo cuida
é preciso distância para vermos o quanto tudo está bem organizado
os prados, os montes, as varzeas, as campinas
a variação dos verdes, os desenhos das estradas, dos caminhos, das picadas, dos lagos, o serpenteado dos rios
à distância, todas as casas são casinholas, somos todos iguais
aqui e ali uma nuvenzinha esgarçada, outra compacta
todas a prometer a maciez do algodão ....
VOANDO
barquinho azul para iemanjá na imensidão azul do mar
pequenino
me parece de brinquedo
mas é um barco de verdade que cabe homens e peixes
assim como o barquinho azul para iemanjá me parece de brinquedo
as questões, dificuldades e problemas vistos na imensidão da distância
também passam a ser questõezinhas, dificuldadezinhas, probleminhas...
A CHEGADA
tem teto?
não, não tem teto
mas sem teto é bom, sem barreiras para descer
céu de brigadeiro não acho bom
brigadeiro não é marron?
dizem que não ...
ATERRANDO
o sol batendo no meu rosto
pairo acima das nuvens num delicado balanço
abaixo uma neblina forte
tudo fechado, tempo nublado
mas aqui acima das nuvens estou envolta num tule branco
e agora o branco se dissolve e eu vejo o rio de janeiro
sempre bonito faça chuva ou faça sol
EM CASA
a enseada é jóia rara, forma um anel
no círculo redondinho do anel uma pedra fumê é o pão de açucar
cristais citrinos são o morro da urca iluminado...
o círculo redondinho polvilhado de água marinha azulzinha é o mar da enseada
com é belo este rio da luz, rio das flores, rio dos meus amores
rio dos encontros e desencontros
rio tão cantato, exaltado, mal falado, maltratado
rio soberano, antena do brasil
tambor que ressoa nos 4 cantos
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