sábado, 9 de maio de 2009

EAD - EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


ANA FLORES E REGINA BEZERRA CARVÃO


É quase como a pergunta do comercial “Tostines vende mais porque é mais fresquinho ou é mais fresquinho porque vende mais?” A oferta está aumentando pelos dois motivos, como uma resposta a uma demanda reprimida e como conseqüência do atendimento competente a essa demanda. À medida que se criam, inovam-se e atualizam-se os recursos técnicos de cursos a distância, haverá demandas de diferentes partes do país e de diferentes perfis de “clientes” a se interessarem por essa modalidade de estudo. As inovações nos recursos e as possibilidades de acesso à educação em lugares antes impensáveis atraem cada vez mais novos usuários, aumentando a demanda aos cursos a distância.

 Na iniciativa pública, esses espaços estão crescendo timidamente. Segundo o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância - Abraead, das 116 instituições brasileiras de EaD pesquisadas, apenas 24% são públicas. A nova concepção de educação pode não conseguir preencher todos os espaços vagos de uma vez, alguns custarão mais a ter acesso; mas com a renovação constante dos recursos tecnológicos, principalmente se baseados em vontade política de se levar o ensino a todos os rincões do País, a EaD poderá chegar a regiões nunca antes atingidas nem pela educação tradicional.

Quaisquer que sejam os espaços criados, de uma maneira ou de outra sempre haverá segmentos que não terão acesso a estes, especificamente, mas que poderão se beneficiar de outros espaços e recursos tecnológicos, sejam eles um simples curso via Correio, um programa radiofônico ou um curso interativo por vídeos ou computadores de última geração. A criação de espaços, em lugar de ser considerado um ponto negativo da EaD ou a razão de novas marginalizações,  são novas portas que se abrem a um número crescente de pessoas, mesmo que isso ocorra em tempos diferentes para cada grupo. Mas tendo em mente o fato de que, de acordo com o Abraead, 76% das instituições EaD em funcionamento são particulares,  significa que ainda há muita coisa a ser feita no setor.

 



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