sábado, 9 de maio de 2009

JESÚS MARTÍN-BARBERO : A ESCOLA ESTÁ FECHADA A CULTURA AUDIOVISUAL E DIGITAL

REGINA BEZERRA CARVÃO


Concordo com a afirmação do autor e parece-me que existe uma fantasia de que todo o conhecimento universal está prontinho nos esperando na internet, mas eu penso que este conhecimento se constrói a cada instante integrando a cultura das letras com a cultura digital.

Esta integração, em parte, já existe, porque o que mais encontramos na cultura digital são textos escritos. O que se faz necessário é a escola utilizar melhor as TICs assumindo a responsabilidade de descentralizar a produção de conhecimento e de cultura ousando novas idéias, experimentando sempre o novo.

Em vez de ficar criticando os meios de comunicação e esperar que a internet faça o milagre, cabe a escola criar métodos coletivos de produção e as novas possibilidades de linguagem para os meios audiovisuais e digitais, valorizando as culturas regionais.

Educar hoje, é também saber utilizar as TICs como instrumentos de construção da educação abandonando a postura de acumulação passiva e reprodutiva de conteúdos.

Mesmo que a escola possua computadores suficientes para todos os alunos, se não se fizer presente o comprometimento com a inovação pedagógica, todo este equipamento corre o risco de se transformar em máquinas de.entretenimento e/ou mero recurso de demonstração.

São necessárias estratégias de ensino aprendizagem para que toda esta tecnologia, se transmute em tecnologias educativas.

A possibilidade desta transmutação existe, todos os diversos meios poderão se tornar tecnologias educativas, desde que acompanhados de uma proposta pedagógica.

Finalizando quero transcrever um texto de  Pierre Levy, muito adequado a esta tarefa : “ É possível navegar na web e usar o correio eletrônico sem possuir computador se houver uma política ambiciosa de equipar salas comunitárias abertas ao público nos bairros e regiões pobres, o principal obstáculo à participação não é a falta de computador, mas sim o analfabetismo e a falta de recursos culturais. É por isso que o esforço para a educação, a inovação pedagógica, a formação intelectual e o “capital social” são os fatores chave do desenvolvimento da inteligência coletiva.” In www.nova-e.inf.br/nomes/pierrelevy.htm

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